Meus dedos frios, tocam a pele quente
Sinto a pele se soltar da carne, assim como a carne se solta de meus ossos
Meu coração bate a mil, mas não sinto no peito
Meu estômago se revirou, sem nem eu ter conseguido engolir algo
Minha língua formiga, e sinto o gosto metálico na minha boca
Seria possível morrer sem nem morrer?
Meus olhos se movem de um lado para o outro, procurando algo no qual se fixar, se é que eles veem algo?
Preciso gritar para alguém me escutar, mas sinto que nada sai de mim
Minha voz se calou, meu coração vibrou, meu estômago se lavou
E tudo por causa de um simples toque pele a pele com ele.
Se eu encostasse em seus lábios e precisasse ir para o inferno logo depois.
Diria que estive no paraíso sem sequer ter subido.
Se eu tivesse que vê-lo partir, antes mesmo de tê-lo em meus braços, diria que morri sem nem mesmo ter morrido
Se eu necessitasse respirar no fundo do mar, apenas para me sentir vivo.
Eu me sentiria vivo, porque tudo que ele faz me afunda nas águas mais profundas do abismo dessa droga que agora percorre minhas veias
Eu me sentiria tão vivo, que não necessitaria de mais nada percorrendo meu ser além da droga que ele me dá.
A droga do amor.
A droga do amor me faz delirar, alucinar, me afogar, me sentir tão alto que sinto pena de mim mesmo por me viciar nisso.
Que droga é tão forte quanto essa?
Eu deveria me cuidar...
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Autor:
Sebastian (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 9 de junho de 2025 10:45
- Comentário do autor sobre o poema: Estou louco
- Categoria: Amor
- Visualizações: 0
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