“O sol, por amor, sustenta os mundos de nossa família planetária, sem esquecer-se de oscular a pétala da rosa perdida no vale anônimo e desamparado.”
Nina Arueira (1916-1935).
Escritora, jornalista, líder sindical e poetisa brasileira.
22 Portanto, assim diz o SENHOR Deus: Visto que me fazeis lembrar da vossa iniquidade, descobrindo-se as vossas transgressões, aparecendo os vossos pecados em todos os vossos atos, e visto que me viestes à memória, sereis apreendidos por causa disso.
Livro do Profeta Ezequiel, cap. 21:22
No primeiro ato
O homem está de fato
Montado no cavalo branco,
Mas sofrendo o balanço
Das necessidades externas
Que sufocam as belezas eternas.
Quando se desata o primeiro selo
O homem está montado
Num cavalo de cor branca
E uma bandeira levanta
Com o nome de paz;
Mas esta é a que traz
O interesse oculto
De assinar um estatuto
E logo depois o rasgar,
Porque jamais vai aceitar
Uma paz interior,
Visto estar no ardor
De conquistar um trono
De poderio meramente humano.
A Paz de DEUS
Ainda está muito distante
No seu íntimo dissonante.
“No seio do homem virtuoso existe Deus.”
Sêneca (04 a. C. - 65).
Filósofo , escritor, mestre da arte da retórica, membro do senado, questor e magistrado da justiça criminal espanhol, durante o Império Romano.
E isso logo veremos
Quando teremos
O segundo ato,
Porque foi destruído
O primeiro trato.
Quando se desata o segundo selo
O corpo fica aberto
E no cavalo vermelho
O homem monta a pelo
E sai para guerrear
Para conseguir
Tudo o que precisar.
A paz falsificada
Fica de pé
Porque ele possui uma fé
Muito vacilante
Onde o bem está distante.
Com ele percorremos
A corrida aos bens terrenos
E logo vemos
O terceiro ato.
Ele desce do cavalo cor de sangue
E completamente exangue
Com o semblante desfeito
Sobe no cavalo preto
Onde a fome
Sempre consome
O seu cavaleiro.
Mas não para por aí,
Pois vem o quarto ato
Quando ele desce do pretão
E vai subir com insatisfação
No cavalo amarelo
Que leva a sério
A chamada morte,
Tão conhecida de Caim
A sombra do mal
Que tenta matar Abel
A Plenitude do Bem,
Pois lhe convém
Sempre continuar
Para a Vida conquistar.
Vê-se que nessa corrida
É sempre mantida
A chamada Eternidade
Que sempre invade
A Criação Divina
Que nunca termina
Quando dissemina
Tantos males.
Correu, correu,
E não se cansou
Porque ainda optou
Pelo quinto ato
Que lhe põe em contato
Com o Divino Cordeiro.
Quando atravessa esta fase
A sua Alma não menoscabe
A Grandeza de DEUS
E sabe que todos os filhos Seus
Só tem uma continuidade:
A Vida Eterna.
E desesperado clama
Depois de vaguear na lama
Do interesse mesquinho
Que forma um grande labirinto:
Só existe um Caminho:
A prática da Caridade.
Então, sereno procura
Como renovada criatura
A Face do PAI Criador
Que pelo Amor
Sustenta a sua Eterna Existência.
“Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira.”
Cecília Meireles (1901-1964).
Poetisa, jornalista, escritora, pintora e professora brasileira.
Colocar em evidência
Em toda consciência
Esses monstrinhos
Que se desfazem nos seus caminhos
É libertar sem assustar.
Diante da Verdade
Toda monstruosidade
Fica muito pequena
E sai de cena
Do Livro da Vida.
"A verdade é como um leão; você não precisa defendê-la. Deixe-a solta, e ela se defenderá a si mesma."
Santo Agostinho (354-430).
Filósofo, bispo e teólogo cristão africano.
Assim é a Revelação
De todos os símbolos
Do Livro da Profecia Final
Que tem por ideal
Proteger as criaturas
Nas estradas obscuras
E enigmáticas.
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Autor:
Yeva Liuba (
Offline)
- Publicado: 9 de junho de 2025 09:28
- Categoria: SociopolÃtico
- Visualizações: 2
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