Tira a tua voz e vem com os olhos.
Hoje, eu só quero o que não se diz.
Não me explique. Não me ame.
Me devore como quem nunca mais vai dormir.
Minha pele já sabe teu nome,
mas quer reaprender com a língua.
Desce como pecado escrito em vinho
e me confessa no altar das coxas.
Hoje, eu não sou tua.
Sou tua perdição.
Te deixo entrar no escuro da minha febre
sem prometer salvação.
Te arranho como quem pede socorro,
te abraço como quem não quer voltar.
E se minhas pernas forem tua prisão,
que doce seja tua sentença de amar.
Não acende a luz.
Meu corpo já brilha.
E quando vier o fim, que seja em mim —
com gosto de milagre e ferida.
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Autor:
Esterlar (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 9 de junho de 2025 00:27
- Categoria: Erótico
- Visualizações: 4
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