Ecos da indignação

Até Quando

Até quando vamos ouvir os tiros?  

Até quando vão atirar para me fazer calar,  

Até quando?  

Até quando vão nos deixar na miséria a chorar,  

Ah, talvez quando vossa barriga se fartar!

Até quando?  

Até quando vão fazer discursos santificados,  

Mas que não passam de discursos perturbados?  

Até quando vamos pagar o que não temos  

E comer o que não queremos?  

Até quando vamos brincar de selvagens?  

Onde estão esses governantes?

Mas até quando vamos fazer listas e cálculos  

Para calcular a percentagem do que comer,  

Porque os valores desses alimentos não dão muitos cardápios?  

Porque os valores desse vencimento não dão para muitos cardápios,  

E os valores desses "politiquenses" pagam cubicamente 100 cardápios.

Quão desigual torna-se o homem por conta do papel com números,  

Tão violento torna-se o homem por querer colocar o número no papel,  

Mas tão tolo é por não ser o "doutor" no papel.

Até quando?  

Até quando essas crianças vão percorrer longas distâncias para ter uma educação?  

Até quando esses vão estudar sem ter nenhuma colocação em vossas empresas?  

Até quando irão beneficiar o estrangeiro e não os vossos companheiros?  

Até quando vão continuar a prezar por vossos supostos valores morais que para nós são imorais,  

E prezar pelos valores universais?

Sinceramente eu não sei, mas que isso não está bom eu sei!

Até quando os sonhos serão só miragens,  

Enquanto o sol brilha apenas para os mais?  

Até quando a luta será em vão,  

E nossas vozes se perderão no vão?

Quem nos ouvirá se juntos não gritarmos?  

Quem nos verá se não nos levantarmos?  

Quebremos as correntes da indiferença,  

Transformemos a dor em voz de mudança!