O tempo passa — e nem pede licença,
Vem leve, descalço, de alma imensa.
Não grita, não freia, não volta atrás:
Apenas caminha… e não olha mais.
Passa nos olhos que antes brilhavam,
No tom das vozes que já silenciavam,
Na pele que cede, nos passos que hesitam,
Nas cartas que nunca os correios visitam.
O tempo apaga o que a pressa escreveu,
Dá peso às palavras que o jovem não leu,
Faz flor das memórias, raiz da saudade,
E esconde segredos na eternidade.
Ele não para por amor nem por guerra,
Mas planta lembranças por onde ele erra.
E às vezes, no fim, deixa um beijo no vento:
Um rastro de luz… no esquecimento.
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Autor:
Jorge Daniel (
Offline)
- Publicado: 6 de junho de 2025 21:59
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3
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