Inventa-te ou nada

Anna Gonçalves

É uma questão complexa e individual,
sem resposta única ou até mesmo universal.
Para uns, é a luz da felicidade, para outros, a semente do espiritual.

                                  [escolhendo sua qual]
Há quem busque no amor o caminho, ou no serviço ao mundo, em ação.
Há quem caminha no movimento do presente, sem outra meta além da canção.

 

A ciência desvenda os porquês da matéria, átomos, estrelas, a vida que lateja,
mas se cala diante do "para quê" que nos espera.
A filosofia questiona, a religião interpreta, cada fé um mapa, cada voz um porquê.
Mas o sentido não é estrada pronta é vereda que se abre sob os pés.
Não vem de fora, não está escrito, nem no céu, nem em livros sagrados.
Cada um o escreve na linha do tempo, entre sonhos vividos e passos dados.

Pode ser arte, pode ser luta, pode ser política ou a vida menos árdua e dura.
Pode ser o abraço que aquece.
Pode ser 42
                                [e quem entendeu?],
ou o nada que o Monty Python nos ofereceu.

 

Não há chave perdida, nem destino marcado no chão.
O sentido da vida cada um inventa na paixão, no risco, na mão vira uma faca e afia o próprio chão.
Não se encontra, se cria.
Não se espera, se faz.
É na liberdade que se ergue a bússola ao alto,
e no peso do mundo, a voz que não se cala jamais.

 

Mas e o o sentido da vida afinal??      
                                    [não está em encontrar um propósito externo]
mas em criar um propósito pessoal através da vivência intensa e interna,
da afirmação da vida e da criação de valores.
Ele é um defensor da liberdade individual e da responsabilidade de cada um
em encontrar seu próprio caminho e significado na vida.

  • Autor: Anna Gonçalves (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de junho de 2025 20:58
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 4


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.