DIÁRIO DE BORDO DE 1939

karmalets00

Diário de bordo de 1939

Meu colega é um antigo marinheiro, totalmente estressado, com tudo.

Eu o entendo, a guerra causa isso na mente das pessoas.

Eu já me acostumei com a sensação.

Hoje visitei a Sibéria, que lugar lindo, cheio de vida.

O último lugar que visitarei.

É estranho pensar que morrerei, e que escolhi isso.

Na verdade sempre estive, morto de alma e vivo de corpo 

Minha esposa, carrega a vida pós a minha

Não me conhecerá, mas eu a conheci.

Já te conheço Lívia, já não te espero henrink

Morrerei do meu mesmo jeito que meu pai

Aos 20 anos de idade.

18 de dezembro de 1939 você virá ao mundo Livia.

E Henrink desejo que se enforque com o cordão umbilical.

Sentimento de felicidade me alaga quando penso em você, Livia

Um sentimento que aqui, não existe mais.

E um sentimento de raiva se manifesta em mim ao lembra que virar ao mundo, Henrink.

Não que não o ame, mas não o desejo.

Não podemos desperdiçar vidas, e a sua seria uma delas.

Livia te desejo, henrink não me espere.

 

 

  • Autor: karmalets00 (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de junho de 2025 20:36
  • Comentário do autor sobre o poema: Meu nome de nada irá contribuir em sua vida. Fiz esse fragmento de um poema aos 14 anos de idade, não tinha conhecimento algum sobre guerras, sobre cidades ou principalmente sobre como era a realidade naquele tempo. Minha mão automaticamente escreveu, como se isso estivesse preparado dentro de mim a muito tempo. Se tiver algum erro gramatical, me perdoem, assim como hoje eu não tenho domínio da língua portuguesa. Espero que entendam o significado, o peso, a tristeza a falta de esperança, a incerteza, o sonho de ir para casa e vê ele mesmo seu próprio filho/a. Experiência vivenciada não por um personagem de ficção, mas por pessoas reais. Agradeço. M?
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 2


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.