A paz não vem do controle,
mas do desapego.
Soltar o que não me cabe,
escolher o silêncio.
Não carrego mais
a tempestade alheia,
nem meço meu valor
pela calma que ofereço.
Qual o fardo mais pesado?
As emoções dos outros,
ou você sem ter seu controle?
Querer suavizar o mundo
é afogar-me em cacos.
Mas meu papel não é
segurar o céu infinito...
Cada um tem seu karma,
suas lições, seus gritos,
suas asas e seus caminhos emocionais ..
Tirar a dor do outro
é roubar o caminho.
Como a terra aprende
com o inverno sozinho.
Prefiro ser minha própria âncora,
um músculo que lembra
o movimento livre
quando a tensão se desfaz.
Não sou o centro
dos corações alheios.
Deixo cair o que é seu
finalmente respiro.
Que me vejam em verdadeiro,
não a sombra que cedia
para que todos estivessem
"bem" enquanto eu ardia.
-
Autor:
Anna Gonçalves (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 3 de junho de 2025 18:58
- Comentário do autor sobre o poema: Ter paz é você saber que não tem controle do antes e do amanhã... Mas sim estar presente! Ter paz é saber que você não pode controlar as emoções alheias se sacrificando...
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.