AMOR PRÓPRIO
Vejo também assim
Como poderei amar alguém
Se não amar primeiro à mim?
Levanto o brio e a estima
Logo o amor por mim me anima
De repente o absurdo se ajeita
O passo que desafina
Some ao som da música perfeita
Como poderei amar alguém
Se não amar primeiro à mim?
Levanto o brio e a estima
Logo o amor por mim me anima
De repente o absurdo se ajeita
O passo que desafina
Some ao som da música perfeita
Como imaginar na vida
Nossa vida sem outra vida?
Um alguém que tá faltando em nós
Em cujo silêncio ouvimos sua voz?
Dá-nos impressão que falta tudo
E que estamos a sós no mundo
Nossa vida sem outra vida?
Um alguém que tá faltando em nós
Em cujo silêncio ouvimos sua voz?
Dá-nos impressão que falta tudo
E que estamos a sós no mundo
O quadro, atrás, na parede, é falso
Preciso urgente sair-lhe ao encalço
O espelho à frente, mostra alguém
Que ri para si mesmo
Sem que tenha quem lhe entretém
Mas não se despreza e vai à procura
Alguém que o queira e prometa na jura
Amá-lo em vida, aqui e no além
Preciso urgente sair-lhe ao encalço
O espelho à frente, mostra alguém
Que ri para si mesmo
Sem que tenha quem lhe entretém
Mas não se despreza e vai à procura
Alguém que o queira e prometa na jura
Amá-lo em vida, aqui e no além
Se não chegar a amabilidade
Não me impede a sagacidade
Crer que depois, noutro dia, me vem;
A imagem no espelho diz que alguém
Pode ainda ser-me real nesta vida
E que a batalha nunca esteve perdida
Não me impede a sagacidade
Crer que depois, noutro dia, me vem;
A imagem no espelho diz que alguém
Pode ainda ser-me real nesta vida
E que a batalha nunca esteve perdida
Estranha há de ser a morosidade
Mas, é preciso ter tranquilidade
Na pressa de não cometer loucura
Pra jogar fora o melhor dessa vida
O amor de verdade da pessoa querida
Que sofre, quem sabe, na infelicidade
De tanto esperar a cumplicidade
De quem tanto ama, na espera sofrida
Pela decisão nunca decidida
Mas, é preciso ter tranquilidade
Na pressa de não cometer loucura
Pra jogar fora o melhor dessa vida
O amor de verdade da pessoa querida
Que sofre, quem sabe, na infelicidade
De tanto esperar a cumplicidade
De quem tanto ama, na espera sofrida
Pela decisão nunca decidida
Olhando dentro da gente
Nos veremos um ser diferente
Daquele que nos julgam ser
Pode sim, existir alguém perfeito
Mas, aquilo que me é um defeito
Pode, também, não servir-lhe direito
"Espelho, espelho meu Diga se existe
Alguém mais louco do que eu"?
Diga se existe outro mais triste ?
Diga se existe outro mais ateu?
Diga se existe um mais insatisfeito?
Por acaso existe outro mais plebeu?
Nos veremos um ser diferente
Daquele que nos julgam ser
Pode sim, existir alguém perfeito
Mas, aquilo que me é um defeito
Pode, também, não servir-lhe direito
"Espelho, espelho meu Diga se existe
Alguém mais louco do que eu"?
Diga se existe outro mais triste ?
Diga se existe outro mais ateu?
Diga se existe um mais insatisfeito?
Por acaso existe outro mais plebeu?
Não terei resposta agindo assim
Saberei somente ao olhar pra mim
A minha própria consciência
Me condena ou me dá inocência
No meio de tantos, existe o suspeito
Que olha alguém se julgando perfeito
Podes me amar assim do meu jeito
Posso te amar mesmo sendo imperfeito
. (elfrans silva)
Saberei somente ao olhar pra mim
A minha própria consciência
Me condena ou me dá inocência
No meio de tantos, existe o suspeito
Que olha alguém se julgando perfeito
Podes me amar assim do meu jeito
Posso te amar mesmo sendo imperfeito
. (elfrans silva)
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Autor:
Elfrans Silva (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 3 de junho de 2025 11:21
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
Offline)
Comentários1
Ah, meu caro Elfrans,
Li teu poema como quem caminha descalço no tempo...
Você costurou com linhas invisíveis o que há de mais humano:
a espera, o espelho, o tropeço no próprio coração.
Como é bonito ver que você não tem pressa de chegar à resposta —
vai conversando com o espelho, com o silêncio, com a ausência,
como quem escreve bilhetes para um amor que talvez ainda nem saiba ler...
O amor próprio, esse danado, é o fio da meada que desenrola
a vontade de ser dois.
Mas você soube que primeiro é preciso dançar consigo mesmo
antes de convidar outro para o baile.
Tão lúdico esse teu "espelho, espelho meu",
que parece rir baixinho da nossa mania de procurar lá fora
o que anda perdido dentro da gente.
Ah, meu amigo...
você escreveu como quem sabe que "os verdadeiros poetas não escrevem versos,
vivem perguntas".
E você viveu muitas aqui.
Parabéns pelo poema que é espelho,
e que nos mostra que amar é, antes de tudo,
aprender a caber em si.
Com delicadeza e um tantinho de sonho,
seu amigo Sezar Kosta
Amigo poeta Sezar Kosta. Verdade!
O espelho, às vezes nos diz
Nem tão longe a felicidade
Nem tão perto o que nos fará feliz
Pensar e repensar
Falar com o espelho
Dentro do nosso Se Questionar
Pode ter o melhor conselho
Kkkkk
Bom te receber aqui. Estou me recuperando aos poucos, do acidente. Desculpe minha pouca interação. Mas não esqueço ninguém deste MLP.
Pelo contrário. Fico feliz em reencontrar todos e ler suas postagens.
Forte abraço. Deus te abençoe sempre
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