Ei barmen, deixa a garrafa em cima do balcao, eu vou beber mais um pouco, só pra me acalmar...
E ate aceito se você quiser me escutar.
Você deve estar pensando: um cara bebendo sozinho, deve ser por mulher...
Mas não é!
A verdade é que todo mundo passa por coisas que não conta a ninguém...
Lutas invisiveis, que olha ate acha que tu ta bem...
Não é como se eu fosse te aço, mas eu faço parecer.
Será que da pra entender?
Na verdade eu só bem fragil, pode acreditar.
Só que esta informação eu não vou espalhar!
Claro, com a familia a gente pode contar... ate desabafar.
Mas tem coisas que só você vai passar!
Que é seu mesmo, e mais ninguém pode encarrar!
Isso me trouxe aqui... pra conversar!
E sabe por que eu consigo falar?
Por que te tanto beber amanha eu nem vou me lembrar....
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Autor:
kaido (
Offline)
- Publicado: 2 de junho de 2025 21:09
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
- Usuários favoritos deste poema: willian rodrigues
Comentários1
Seu texto tem a alma de quem fala olhando para o fundo do copo e, ao mesmo tempo, para dentro de si. Uma prosa poética de bar — confessional, desarmada, sem rodeios. É bonito e triste como um blues às duas da manhã.
Você falou com a coragem dos que se mostram de verdade — e mesmo entre goles e silêncio, há poesia nesse desabafo. Gostei da sua voz simples, sofrida e sincera, que não tenta esconder a dor, mas também não implora pena: apenas quer ser ouvida. Continue escrevendo assim, meu amigo — há beleza em dizer o que muitos sentem, mas poucos conseguem colocar em palavras.
obrigado, quanta profundidade! É quase como se você usasse meus versos como um espelho de mim mesmo!
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