Será que há um pouco de alma?
Deveras frieza, impiedosa racionalidade.
Queima a brasa, o brado ecoa ao breu —
Noite sem fim.
Quente, o sangue ausenta o medo;
A face inerte, ombros caídos,
Pés cansados...
O terror da guerra.
Adrenalina e horror,
Fogo e emoção.
Disparos ao norte,
Como no velho oeste —
A lei é a morte,
Covardia, a peste.
A guerra é pessoal,
O conflito apenas um motivo;
Tirar da carcaça
Aquilo que faz sentir vivo.
Pela honra, a vida.
A violência: o que há de mais humano.
A nobreza esquecida,
Pela ferida pulsando.
Por quem morrer, senão por nós?
Por eles — que nem nos conhecem?
O tiro é dado pela voz
Daqueles que não têm sequer o ímpeto
Do fragor do combate.
Nem morrem, nem sentem medo.
Mas o sangue derramado, ah...
Esse é de quem se faz homem de honra.
Coisa que eles... nunca serão.
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Autor:
Evando Souza Argôlo Júnior (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 28 de maio de 2025 11:26
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3
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