Te venerei como se fosse
Bastiã e guardiã do meu
Bem-estar, fornecedora constante
Da minha tão requisitada felicidade
Contida em cápsulas de dopamina
Apenas um segundo de conversa
Com sua pessoa era uma inestimável
Bênção para mim, teu abraço me dava
Esperança para o dia seguinte
Teus cabelos eram tão brilhantes
Quanto coroa, rainha de mim
Sua imagem era rodeada
Por um oceano de pessoas
Iguais, indiferenciadas
Insignificantes
E você era o maior destaque entre elas
Nunca sendo relegada
A tal condição
Fui tomado, todavia, por chuva
Esta que limpou toda a tinta que te
Agasalhava, mostrando que não és
Tão especial ou estimada quanto pensava
Fui lavado de toda a crença e idealização
Que tive a seu respeito, descobrindo
Que não és divindade, és apenas
Ideia, fruto de imaginação
Doentia romantização
Seu fim foi a destruição e o desmonte
Sendo levada e varrida, tal qual
As gotas de pessoas às quais
Tu compartilha mesma
Indiferenciação
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Autor:
caiolebal (
Offline)
- Publicado: 28 de maio de 2025 08:33
- Categoria: Triste
- Visualizações: 4
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