Eu amo visitar os meus amados
No lindo cemitério que deifico.
Eu voo até o portão e lhe suplico:
Permita levar flores aos coitados!...
Os pinhos dos pinheiros perfumados,
O vento vem varrendo e... vitrifico!...
Um triste tico-tico trina um tico,
Soltando seis soluços sepultados.
Releio, numa lápide quebrada,
Versinhos que não posso nem dizer...
Das nuvens pretas cai a paz gelada,
E clamo: Que não dure o meu viver!...
Não quero ver jamais a minha fada...
Deitada num caixão... apodrecer!...
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Autor:
Nelson Dias Neto (
Offline)
- Publicado: 26 de maio de 2025 09:31
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
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