Já amei quem partiu sem olhar pra trás,
quem prometeu o sempre, mas só ficou o enquanto.
E por um tempo, acreditei que o amor era só isso:
um fogo que arde e depois consome,
um brilho breve no escuro dos dias longos.
Mas o tempo — esse velho sábio disfarçado de rotina —
foi me ensinando com silêncio e cicatrizes
que o amor verdadeiro não grita,
ele permanece.
Ele é menos faísca e mais chama baixa,
menos tempestade e mais porto.
Percebi que superar não é esquecer,
é entender que algumas histórias não eram finais,
eram apenas capítulos.
E que a porta que se fechou não era prisão,
era passagem.
Às vezes, a vida bate com carinho —
com olhos que cruzam os seus no café da esquina,
com mãos que se oferecem para caminhar do seu lado
sem te arrastar para trás.
O amor, hoje eu sei, é menos sentimento e mais decisão.
É o ato corajoso de escolher alguém todos os dias,
mesmo quando o coração vacila,
mesmo quando a paixão se esconde atrás das contas, do cansaço, da rotina.
Amar é enxergar além do agora.
É não esperar borboletas no estômago,
mas sim paz na alma.
É plantar quando não há flor,
e regar, mesmo sem ver ainda o jardim.
Então, se um novo amor bater à sua porta,
não exija que ele te salve.
Peça que ele te acompanhe.
E escolha, com olhos abertos e alma serena,
amar… de novo.
Não porque precisa,
mas porque agora você entende:
amar é uma escolha — e escolher amar, é liberdade.
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Autor:
Lua em Libra (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 25 de maio de 2025 22:29
- Categoria: Amor
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Triste
Comentários1
Que belo poema,! Nele a alma do geminiano se escancara e toda sua verve poética se espraia em verdejar sabedoria. Aplausos de pé!
Muito obrigado minha amiga, pelas pelas palavras, vou tentando voltar ao ritmo dos poemas aos poucos
Um abraço,
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