Anular a Luz

Thiago Carbone

Tentaste me obliterar e partir ao meio

Deixando apenas um rastro do que guardei e pus.

Tolice! Reergo-me como fênix a queimar teu seio,

Pois é de danação que és feita e isto é o que te reduz.

 

Mas eu entendo que o ser humano é cinzento.

Que não sou justiça ou energia militante que a conduz.

Minha revanche contra a vida é levada pelo vento

E o sistema é invencível e capaz de anular a luz...

 

Mas se é de lama, excremento e densa escuridão

Que é formado o âmago do ser, então, o que nos induz

E compele a existir, nem de longe é amor: não!

Somos maus e egoístas e certamente esta é a nossa cruz!

 

Quem pode expor toda a verdade, nos mostrar nus?

Mas se a mentira é usada como recurso válido,

A vida obscurece e o pensamento se torna pálido

E silencioso e calamos nas injustiças a anular a luz...

  • Autor: Talis Dinergal (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de maio de 2025 20:54
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 11
  • Usuários favoritos deste poema: werner


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.