BALANÇA DE PRECISÃO

Poeta por acaso

BALANÇA DE PRECISÃO 
 
Eu sempre imaginei que me chegasse o dia
Que a solidão chegasse pra mudar minha alegria
Enchendo-me o olhar de lágrimas emocionais
E sem o seu calor, muito triste eu seria
Vendo que seu esforço era simples simpatia 
Uma ilusão apenas, de cenas e nada mais 
 
Pra cada gesto seu eu compunha um poema
Que, no meu coração, tornava um dilema
Aumentando mais a dor qu'eu precisava expor
Era este o meu jeito de contornar nas linhas
Tanto padecer por quem não era minha
Mesmo em dez vidas não serias meu amor 
 
Olhando à minha volta, reparava nos casais
Uns se amavam pouco, outros um tantão demais
Afinal, se o amor existe, precisa de medida ?
E, como eu faria pra saber a calibragem
Vendo em certo dia, desigual a porcentagem
Que nossa paixão era,sim, mau dividida? 
 
Tudo nos parece ter exemplos ao redor
Se algo não corre bem, pode, sim, ficar pior
Até mesmo sentimentos com tanta esperança 
Mais ainda se o queremos sem sofrer à revelia
É preciso que se regue como as flores, todo dia
Pois, sentimos, quando falta num lado da balança
  • Autor: Poeta por acaso (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de maio de 2025 11:56
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 2


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