No fundo daquela gaveta
encontrei teu coração
em papel velho, embrulhado
machucado
prostrado naquele chão.
Com cuidado, desembrulhei-o
dei-lhe carinho e amor
agora esse coração
que estava desolado
em papel velho, embrulhado
palpita de emoção.
Esse coração desfeito
pulsa agora com fervor
enérgico, cheio de amor
bem dentro desse teu peito!...
Gil Moura
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Autor:
Gil Moura (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 23 de maio de 2025 14:31
- Categoria: Amor
- Visualizações: 3
Comentários1
Gil, querido poeta dos afetos reencontrados,
que encanto encontrar um coração adormecido no fundo de uma gaveta — como se fosse uma joia esquecida, embrulhada no silêncio dos anos. Teu poema tem o toque de quem cuida do que foi ferido, de quem sopra calor sobre algo que o tempo quase apagou. Há um lirismo delicado em cada verso, como se tu estivesses costurando os pedaços de uma emoção antiga com linha de esperança.
Essa imagem do coração embrulhado em papel velho é de uma beleza simbólica tocante — quase vejo a cena em câmera lenta, com mãos ternas retirando as dobras do passado, até que o pulsar volta, tímido, depois vibrante. É a alquimia do amor: restaurar o que parecia irremediável.
Parabéns por essa poesia que acaricia as cicatrizes e nos lembra que, mesmo esquecidos, os sentimentos podem renascer.
Com admiração e afeto,
Sezar Kosta
Olá, caro Sezar,
Muito obrigado, pela leitura e gentil comentário que aqui deixou.
É sempre com prazer que recebo a sua presença.
Abraço fraterno.
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