Entre deleites

Jonas Teixeira Nery

Ela trazia um olhar vago, cheio de volúpia e ternura.
Havia um tristonho murmúrio na mata vizinha...
Também havia solidão espalhada nessa casa triste,
uma tristeza vaga e obscura circundando a varanda...

Nesse acumular de sombras e anoiteceres tristonhos,
ela chegou trazendo inquietações e teus olhos negros.
Também trazia frases murmuradas e deslumbrante decote.
Desejos, trazia palavras macias, imprudências e sedução.

Me aconcheguei com teus beijos nesse passar das horas!
Vagas reminiscências se afloraram entre abraços e revelações.
Fez-se noite plena entre lençóis e teu colo desnudo,
entre fantasias e deleites, prazeres, ardores e convites.

Ela chegou simplesmente, em silêncio, com teus beijos quentes.
Teu corpo me acolhia no frio da madrugada e respiração ofegante.
Deixei-me estar, perdido, nesse carnal vendaval e loucuras...
Aprisionei-me as armadilhas que teu corpo ardente ofertava!

Ela trouxe um encanto, um erotismo encarnado, escancarado.
Essa vontade sem medo de viajar entre poesias e gestos,
entre chuvas, ventos, estrelas, esperanças e tantas carícias...
Ela trazia tanto calor e noites, na plenitude do teu corpo intenso...

  • Autor: JTNery (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de maio de 2025 09:39
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 7


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.