Ando imundo, mas já fiz disso um hábito
Desde a manhã até de noite, madrugueiro
Meu ago sabe o que preciso, já a sombra
O que deseja, tudo consome, desassombra.
Paro e penso, faz quanto tempo? Manchas
Lavo na corrente quente, a mente esfria
Na água turva, me afogando nessa espuma
Me perdi em pensamentos, filtro alentos
Respirando e vejo à deriva, doce e fria.
Auto cuidado, melhor terapia, intíma do medo
Eu receio, além da névoa devaneio, desespero
Reconheço, de costas contra o vidro, espelho
Quebrado, meu reflexo carrega facas no peito.
Mal me quer bem, tenso relaxo, ante delibero
Não me conheço, nosso melhor eu? Nesse limbo
Se há pureza, está no osso, as peles esfrego
Até sangrar, não importa, o mofo cresce novo
No porão encardido, sucinto, quem limparia-o?
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Autor:
Danyel Wolf (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 21 de maio de 2025 21:57
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 13
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