Quantas vezes escrevi o que sentia?
Perda de amor, tristeza, melancolia.
Voltei aqui centenas de vezes,
escrevi, chorei, era sempre um lembrete.
Em minhas estrofes, tinham os pensamentos mais sagaz,
O amor interrompido, o pedido de ajuda silencioso, a briga com os meus pais.
Nunca me especializei nisso, da pra entender?
Mas fiz minha própria estrutura, uma alternativa pra não morrer.
Vivo há apenas 16 anos, sabe? é tudo intenso.
Minhas emoções parecem sempre um imenso tormento.
Minha adolescência não iniciou da melhor forma,
Nunca aprendi a lidar com as minhas coisas, nunca me senti orgulhosa.
Perdi tantas pessoas, é duro de enfrentar,
Saber que é normal, mas a dor nunca passar.
Luta incessante da mente, entre saber e sentir,
É frustante, mas virou mecanismo sorrir.
Perco todos a minha volta, o que eu deveria fazer?
Sou grudenta? sufocante? ou alguém que só não é pra ser?
Perdi todo mundo que me apeguei, e ainda assim me permiti,
Me apeguei a um sorriso bonito, e de novo, tá doendo em mim.
Eu queria ter alguém pra me apoiar, poxa, era o que eu mais queria,
Tenho muitos amigos, mas ainda sou extremamente sozinha.
Ninguém se lembra de mim ou sente qualquer tipo de saudade,
Sempre sirvo no momento, nunca em um caso a parte.
Perdi família, melhores amigos, todas as minhas companhias,
por que eu ainda tento? sempre acabo extremamente sozinha.
Poxa, eu cansei de ser forte, de me esforçar,
Eu caio, recomeço, mas nunca venho a ganhar.
Meus poemas não são tão bons,
Não toco almas gentis,
Não sou valorizada,
Não terei um final feliz.
Fui excluída de novo, não é triste?
Todo mundo do grupinho ir, e só eu ter que fingir "lerdice".
Escutar sobre a festa na minha frente e não poder comentar,
Tenho que sorrir, conversar, fingir não me importar.
E as respostas curtas do alguém que diz estar ao meu lado?
Por que distante, sempre sou tratada como descartável?
Quantas brigas eu suportei? Quantas noites eu chorei? Por que não consigo parar de me sentir assim?
Se eu perco tantas pessoas, realmente o problema está em mim?
A terapia e o psiquiatra, parecem não ter mais razão,
Melhoro por 2 semanas e sou jogada de novo, na imensidão.
Eu deveria sair da escola? trocar de sala como me disseram?
Ir para a B ou C, recomeçar do 0?
Mas quantas vezes recomecei? Quanta gente eu perdi?
Até meus amigos da outra escola, não estão mais aqui por mim.
Eu entendo que amizades se afastam, eu entendo mesmo,
Mas nada disso parece diminuir, a voz que grita no meu peito.
Quero dormir de novo, não é horrível?
Tomei 27 compridos na última vez, parece que sou "imorrivel".
Fugi dos meus versos e estrofes por meses,
Ignorei tudo tantas e tantas vezes,
com medo de enfrentar tudo o que escrevi,
parece que nunca melhoro, nunca escreverei algo feliz.
De desabafos que meu leitor lê,
Acho que pude perceber,
Que não sirvo para escrever.
Não me sinto mais poeta,
como um dia já me senti.
Me sinto vulnerável,
porque quando escrevo, choro, ao invés de sorrir.
— OSTHS.
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Autor:
osths (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 21 de maio de 2025 20:32
- Comentário do autor sobre o poema: Sinceramente, não é o melhor poema que já escrevi. Só quis desabafar, não tenho muitas pessoas para me ouvirem. Então que meu poema tenha pelo menos um pingo do meu sentimento de agora, e que você, leitor, pelo menos me entenda.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 4
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