Importuna e plácida
Esta chuva que se esbate sobre mim.
Lava a alma, cala a sede
Que se vem entoando desde Abril.
Afigura-se como o sol da época
Irradiando a imaculada fúria dos céus.
Sua beleza esconde-se calada
À espera dos que a sabem descobrir.
Ver é tão somente difícil
Que aqueles que a julgam sentir
São atirados no tempo
Do tempo que meramente deixou de existir.
A chuva é fugaz e impessoal,
Mas quem não deseja ser assim?
Porque a angústia eleva-me à tristeza
E a tristeza dita agora parte de mim!
E olho agora em direção deste vasto céu
Procurando vislumbrar os mesmos sinais de ti...
E o medo apodera-se de mim
Porque sei que a chuva já deixou de cair.
-
Autor:
Dante (
Offline)
- Publicado: 20 de maio de 2025 21:46
- Categoria: Amor
- Visualizações: 15
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.