Quero-te por demais meu Amor!
quero ver-te…
revestida de um novo oceano
que haveremos de inaugurar
para nele navegarmos
para lá do horizonte
Se queres o meu Amor
tanto quanto, quero o teu...
acostuma-te mulher!
porque eu…
sou a multiplicidade das paixões
revelações contínuas
em cada amanhecer de mim
Descobre-me lentamente
para então
poderes ter-me
em completo abandono
de almas livres
e sentimentos soltos
presos, nas razões
que ainda não descobri.
Gil Moura
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Autor:
Gil Moura (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 17 de maio de 2025 08:33
- Categoria: Amor
- Visualizações: 9
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Fabricio Zigante
Comentários1
Que declaração mais intensa e carregada de alma!
Teu poema pulsa como maré — ora doce, ora avassaladora — e revela esse desejo que vai além do corpo: é encontro de essência, de descoberta lenta, mas arrebatadora.
A imagem de "revestida de um novo oceano" é lindíssima — quase mística. Ela fala de um amor que não só sonha, mas constrói um novo mundo para existir. E esse “acostuma-te, mulher” não soa imposição, mas aviso terno de quem ama com força viva, com paixão plural e verdade nua.
Há algo de sagrado nesse convite ao abandono — não como perda, mas como entrega consciente, onde se escolhe ser inteiro para o outro.
Lindo demais. De arrepiar.
Parabéns pela beleza que há na tua escrita — e na coragem de sentir tanto.
Obrigado, amigo Melancolia, pelo gentil comentário.
Abraço forte!
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