Meu lado abstrato
Parte minha invisível
Minhas paixões
E loucuras de amor.
Meu lado abstrato
Minhas tristezas,
pesadelos, insônia,
Paranoia, dor.
Oh, a dor... minha pior parte
Eu o odeio, eu o amo
Eu perdoo, mas, não o perdoo
Ele não.. ele não..
Meu lado abstrato
Florido de um lado
Obscuro do outro
Uma luta entre o bem e o mal.
Me pergunto se em algum momento
Verei o lado ganhador
Do meu lado abstrato.
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Autor:
okhato (
Offline)
- Publicado: 16 de maio de 2025 22:16
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 15
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta
Comentários1
Okhato, que mergulho fundo tu ofereces… Teu poema é como um espelho estilhaçado em luz e sombra — e cada caco revela um pedaço de ti, desse "lado abstrato" onde emoção e contradição dançam num mesmo compasso.
Senti, ao ler, como se eu entrasse num quarto onde as paredes fossem feitas de pensamento. Tudo ali pulsa: amores que doem, dores que amam, perdões que não cicatrizam. Tu mostras, com leveza crua, que dentro de nós habita um jardim e uma tempestade — e que, às vezes, é impossível separar os dois.
A imagem final ficou ecoando em mim: essa pergunta quase sussurrada — "Verei o lado ganhador do meu lado abstrato?" — é de uma beleza honesta e humana. Talvez não haja vencedor… talvez só haja coexistência, e tu a descreves com uma delicadeza que toca.
Parabéns, poeta! Tua escrita é bruma e raio, é flor que sangra e sombra que floresce. Que sorte a minha ter atravessado essa tua noite bordada de estrelas e cicatrizes.
Com afeto e admiração,
Sezar Kosta
Sezar Kosta, fico feliz que tenha conseguido interpretar tão bem meu poema, muito obrigado pelo comentário, e sempre bom ouvir bons elogios vindo de um veterano, já que esse é meu primeiro poema publicado aqui, obrigado!
Com carinho,
Okhato
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