PRECE DA CARIDADE

Matthias Haniel

 

JESUS CRISTO e a pesca milagrosa

Obra de Raffaello Sanzio (1483-1520).  

Pintor italiano.

 

11 Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se pedir peixe, lhe dará em lugar de peixe uma serpente

Evangelho de JESUS CRISTO segundo São Lucas, cap. 11:11.

 

Senhor,  aprendi que Caridade

É sempre doar as primícias

De todas as delícias

Que no mundo existem.

 

Descobri que Caridade

É o que há de melhor

Que se pode ofertar

A alguém que está

Precisando se alimentar.

 

Caridade não é o pedaço de pão

Que se lança com a mão

A certa distância

A quem está na mendicância.

 

Caridade não é dar o trapo velho

Que se destina ao lixo

Para socorrer o aflito

Nos dias frios.

 

Caridade não é dar o resto

De um prato de comida

A quem dorme no chão da avenida.

 

Eu percebi isto tudo

Porque o Senhor nos pôs num mundo

Que sempre se renova,

Dando a infinita prova

Do Teu Amor por nós.

 

A NATUREZA ENSINA

6  Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.

Evangelho de JESUS CRISTO segundo São João, cap. 15:6.

  

A Natureza

Nunca perde a sua beleza

Quando produz o alimento

Para dar aos povos o sustento.

 

Os seus rios

Não perdem a grandeza

Quando por uma correnteza

Têm que passar.

 

Os seus lagos têm mais vida

Quando uma turma de criança

Por eles avança

Para com as suas águas brincar.

 

Os seus pomares

Produzem mais e mais frutos,

Para tornar robustos

Todos os habitantes.

 

 “Dizeis: darei só aos que precisam. Mas os vossos pomares não dizem assim; dão para continuar a viver, pois reter é perecer.”

 Khalil Gibran (1883-1931).

 

Os seus mares

Não somem do mapa

Porque uma enorme Massa

Vai neles se banhar.

 

As flores

Suportam as grandes tempestades

Que enchem as cidades

E continuam a florescer.

 

 “A neve e as tempestades matam as flores, mas nada podem contra as sementes.”

 Khalil Gibran (1883-1931).

 

Os campos após serem pisoteados

Por diversos animais

Produzem sempre mais.

 

Por que isso?

Porque respeitam o berço

Que lhes acolheu

E a todos deu

Um lar.

 

Só o homem quer se diferente

Ofertando somente

O que tem de pior?

 

Isto é uma vergonha,

Pois as planícies e as montanhas,

Vivem felizes e risonhas,

Agradecendo à Mãe Terra,

Por terem onde habitar.

 

 “E ao fim, quando baixei novamente à planície, e da planície, após, desci aos vales meus, meus olhos viram num deslumbramento, que também nas planícies e nos vales, em tudo, estava Deus.”

Khalil Gibran (1883-1931).

Escritor libanês.

  • Autor: Matthias Haniel (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de maio de 2025 15:13
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 2


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