Aneis da Imaginação

Leandro Sousa

Em Saturno, aneis tecem um sonho.

Um baile cósmico, um eterno afago. 

Em nossa mente, asas de pombo.

Voamos além, livres de qualquer fago.

A vida, um verso, um canto sem fim.

Um universo afora, a alma a vagar.

Em cada olhar, um novo jardim.

Em cada toque, um querer amar.

Tempo, ilusão, um rio caudaloso.

Em nós, a eternidade, um mar sem fim.

Com você, meu amor, luminoso.

Sou o começo, o meio e o fim.

  • Autor: Leandro Sousa (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de maio de 2025 14:05
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11
Comentários +

Comentários1

  • Sezar Kosta

    Oi, bemvindo Leandro! Que bela viagem em forma de poema — uma travessia sideral conduzida pelos "Anéis da Imaginação", onde o amor e o cosmos dançam na mesma órbita.

    Logo no primeiro verso, Saturno — esse senhor dos anéis — vira palco de um sonho tecido, e a imagem do "baile cósmico" é irresistivelmente encantadora. Parece que os planetas vestiram suas melhores galáxias pra um sarau em gravidade zero. E você nos convida a tirar os sapatos da lógica e deslizar pelo salão da poesia.

    Adorei a quebra suave entre o macro e o micro: do universo às asas de pombo, do toque ao eterno. O poema parece se desdobrar como os próprios anéis saturninos — em camadas, reflexos e cintilações. E a rima gentil vai empurrando a leitura como quem empurra um barquinho num lago calmo de imagens.

    Fiquei curioso com "fago", uma escolha inusitada — seria uma forma poética de “fardo”, um jogo sonoro? Se sim, é um risco interessante que combina com o tom sonhador do texto.

    O fechamento é quase litúrgico: “Sou o começo, o meio e o fim”. Um eco de eternidade, talvez uma piscadela para o divino dentro do amor — como se o eu lírico se fundisse com o próprio tempo.

    Você costuma escrever mais nessa pegada astral-romântica? Porque esse poema é como olhar pela luneta do coração e ver constelações desenhadas em forma de sentimentos.

    Como disse o poeta Carl Sagan (quase em verso):

    “Somos uma forma do cosmos conhecer a si mesmo.”

    Parabéns por esse voo lírico entre anéis, asas e afetos. Que os próximos versos tragam novas galáxias para explorar!



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