Poema da Urca

Marila Bernstorff de São Thiago

Enquanto o mundo demanda o ágil 

Eu flutuo sem pedágio 

Nas águas da Guanabara 

Liberto-me de toda amarra

 

Desse mundo ainda cego

Faço parte, não nego

Mas, na primeira oportunidade 

Me jogo nos braços da liberdade 

 

Navegando minha mente

No silêncio do sol ardente

Baila o remo pelas correntes

Na direção do leme atento 

Sigamos sempre em frente 

 

Entre chegadas e partidas 

Na estrada já concebida 

Explorar as águas profundas 

De minha alma cambalida

Almejando a descoberta 

Efeito e Causa dessa vida falida

 

Renascem os ancestrais

Que em todo íntimo jaz

Será fértil a semente antiga?

Será essa a verdadeira mina?

 

MBST

06.05.2025



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.