COVARDIA (soneto)

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Se, assim, de novo à minha emoção

Tocar, entediante, para o meu amor

Hei de revelar-lhe toda a sensação

Do coração, sussurrante e com dor

 

Pouco importa se for apenas ilusão

Não se faz surdo e cego este rancor

Pois bem, dói, não apenas na paixão

Nos suspiros, e tão cheios de temor

 

O soneto chora, ai! Sangra, se arruína

E, dentro do peito um vazio que arde

Fazendo de o amargo poetizar, rotina

 

Sôfrego... Suplicante... e tão aturdido

Me vem aquela fragilidade covarde

Fazendo o sentimento tão bandido.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

13 maio, 2025, 05’06” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    Mas você é o Rei dos sonetos de classe, respeitando todos os passos de um poeta com beleza, sem fugir do padrão da correção, poema com classe!



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