Acho que você vai gostar de saber
Se já é que não sabe
E finge
Que exerce seu poder sobre mim
Sobre aquelas partes do meu corpo
Que eu queria que você quisesse
Para
Me pede calma
E depois erra comigo de novo?
Nós dois sermos iguais
Te assusta
Ou te alivia?
Acho que eu gosto do quanto você
Me negou
Não cedeu
Mentiu
E fugiu de mim sem ter pra onde
Pra eu te caçar até quando eu quisesse
Mas eu não posso mais
Eu também queria ter sido a sua presa
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Autor:
Tres.passada (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 12 de maio de 2025 19:43
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 2
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta
Comentários1
Oi, Melissa! Seu poema é um sussurro que arde — um lamento confessional que dança entre a vulnerabilidade e a decisão firme de quem já sofreu o bastante. Você escreve como quem abre uma carta jamais enviada, mas que precisava ser escrita pra curar.
O que mais me pegou foi a sinceridade crua dos sentimentos, sem floreio nem dramatização: só o peso do que ficou por dizer. Foi intencional esse tom entre desabafo e libertação? Porque você transforma a dor da rejeição em força poética, e isso é bonito de ver.
A metáfora que me veio é a de uma caça que, ao invés de correr, parou — e ao parar, percebeu que era ela quem tinha o poder o tempo todo.
E lembrei de uma frase de Rupi Kaur que parece ter nascido no seu poema:
“Eu fui o primeiro a sair, embora você tenha sido o primeiro a ir embora.”
Parabéns por dar forma ao fim com tanta coragem e lirismo. Que sua escrita continue sendo esse lugar onde até a dor encontra elegância e voz.
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