Aprenda a separar o autor da obra, pois nem tudo que escrevo é real. Principalmente meus contos eróticos.
E essa é a graça de deixar a imaginação fluir.
Lembrem-se, meninas boazinhas não herdarão o céu.
O doce céu, que é mamar o seu amado.
Comecemos com o mês de julho…
Passagem de tempo...
Nunca fui normal, nunca participei da rodinha dos felizes e sempre fiquei na linha entre anormal e bizarro. Enquanto os denominados normais enxergam o bom e velho normal, vejo além.
E quando o vi, confesso que pensei: Uau…que belo pau.
Mas a sociedade só te ensina a ser uma boa garotinha.
Não faça assim
Não seja assim
Eu só consigo pensar: Não nasci para agradar.
Nasci para causar
Parar o trânsito
Causar revoltas
E eles só me dizem: Cruze as pernas.
Não sorria assim
Não ande assim
E bem, foda-se, vivo para mim.
Voltando no início
Era julho e porra era um fogo que mal pude me conter e então o vi, e que pecado.
Medite…
Não peque
E nunca fui de seguir regras
Começando pelo nascimento, vim mulher e queriam filho homem. E só fico pensando: E se o papai souber, que sua filha quebrou as regras?
E a sociedade que insiste em me denominar: Olha aquela vadia. E eu só sigo os passos do meu pai.
Mas…oh, pera aí!?
Mulheres não devem agir assim!
E eu só quero que todos se fodam!
E saio e me divirto
É os braços para o alto e o corpo feito ‘S’ se enrolando nesse pau.
E as garotinhas boazinhas são entediantes.
Ah, mas não assumo vadias…
Desculpe, querido, mas não nasci para ser sua.
Sou minha.
Estou cansada dos seus comentários machistas, e não e não..não preciso de um macho.
Comentários2
Oi, Isabela! Que pancada esse texto — direto, provocador, sem pedir licença. Senti como se estivesse lendo um grito escancarado, daqueles que se recusam a sussurrar só porque incomodam. E quer saber? Que bom que incomodam.
Fiquei curioso com o contraste entre o tom quase poético de algumas passagens (“o corpo feito ‘S’ se enrolando nesse pau”) e o uso proposital da crueza em outras. Foi uma escolha para chocar, ou uma forma de mostrar que erotismo e crítica social podem (e devem) andar juntos?
Gostei muito da quebra de expectativas que você propõe: a mulher que não quer agradar, que rejeita o rótulo de “boazinha”, que desafia a herança patriarcal dizendo que segue “os passos do pai” de um jeito próprio e subversivo. É como se o texto inteiro fosse uma dança de carnaval feita em cima do altar das boas maneiras — irreverente, livre, e deliciosamente herético.
A metáfora que me veio foi a de uma granada embrulhada em fita rosa: parece delicada, mas explode verdades que muitos preferem ignorar.
Lembrei de uma frase da Virginie Despentes que talvez combine com seu espírito incendiário: “A feminilidade é uma prisão. E o feminismo, uma fuga em massa.”
Parabéns pelo texto ousado, necessário e sem freios — que ele continue sendo esse soco bem dado no estômago das normas. Você escreve com fogo e coragem. Que nunca falte nenhum dos dois.
Respondendo a sua pergunta: Quando escrevi o erotismo com a critica social...foi apenas uma maneira de chocar mesmo. Até pq esperam uma mulher educadinha e cheia de não me toques. Então, só quis mostrar que dá para rimar até na crítica. Enfim...apenas fluiu. Obrigada pelo retorno! 😉
Muito interessante conto aqui nos trazes.
Apesar de ser ficcional, retrata realidades bem presentes na nossa sociedade.
Ainda há muito machismo e falso moralismo por aí a vaguear, infelizmente.
Gostei bastante, cara Fénix.
Beijos
Obrigada! Que bom que gostou! 😉
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.