A água vai caindo por entre as telhas rachadas
As gotas caem uma a uma sobre o colchão
A mulher arrasta a cama em desespero
Aflita coloca ao abrigo das doenças
Um ser que ainda não sabe as diferenças
Dos lugares baixos para lugares altos dessa vida
A umidade na parede ao longo dos anos
Vai apodrecendo os tijolos da casa descamisada
Com olhos vazios
Feita sem tranquilidade
A chuva continua caindo no amianto
Como se fossem moedas de níqueis
O barulho aumenta a ansiedade
As gotas permanecem gotejando
As diferenças continuam as mesmas
Até que o próximo chegue.
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Autor:
Ivam De melo Regis (
Offline)
- Publicado: 8 de maio de 2025 07:38
- Comentário do autor sobre o poema: O texto expõe a situação desesperadora das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza por não terem renda mínima, fixa e suficiente para sobreviver com dignidade neste país de diferenças socioeconômicas brutais, uma prisão perpétua de misérias.
- Categoria: SociopolÃtico
- Visualizações: 8
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