Danço sobre cacos,
provoco a dor sem nem perceber.
Minha ânsia ardente de mover-se,
faz sangrar meus pés,
como se o silêncio fosse alívio.
Se eu apenas parasse,
se calasse,
talvez doesse menos.
A angústia da língua presa
não corta tão fundo
quanto os meros cacos sob os pés,
que ele, sem saber,
um dia, deixaria virar lâminas.
Comentários3
Sempre quando há tempo de ver os poemas de meus caros amigos desse site, eu vejo como evolui e como preciso estar mais presente aqui, pois perco poemas excelentes! Que poema caloroso e identificável. Eu me vi aqui.
Agradeço!
Mesmo sofrendo,a poetisa revela seu talento poético. Aplausos!
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