Passei tanto tempo da minha vida sendo o pilar — aquele que permanece firme enquanto tudo ao redor desmorona,
Aquela que carrega o peso, mesmo quando ele parece insuportável.
Cansada de tentar consertar as coisas que não quebro.
Cansei de procurar soluções para problemas que eu não causei.
Cansei de procurar pessoas quando eu não as expulsei.
Cansei de sempre tentar dar o melhor de mim e que ninguém valorizou isso.
Chamem de egoísmo, no entanto eu vou chamá-lo de amor próprio.
Porque no processo de consertar as coisas de todos, e com todos.
A única que se magoou foi eu.
Fiz da minha força uma armadura,
E, com o tempo, quase esqueci como é ser suave, Como é baixar a guarda.
Talvez por isso a gentileza toque tão profundamente!
Não porque eu precise ser salva — sei lidar com os dias difíceis, como sei!
Mas porque, em um mundo onde a força parece uma obrigação.
Ser tratada com ternura é um lembrete de que ser vulnerável não é fraqueza, mas liberdade.
Quando se está acostumada a carregar tanto, os menores gestos de bondade são como um sussurro:
"Você pode descansar".
"Não precisa ser forte o tempo todo".
E, às vezes, isso é tudo o que eu preciso para continuar.
F€itic€ira
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Autor:
Feiticeira (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 5 de maio de 2025 17:29
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: MAYK52
Comentários2
Muito interessante este poema. Tocas num tema extremamente importante, que é a culpa.
E, quando alguma coisa corre menos bem, ou mesmo mal, a culpa, ou a responsabilidade não é só nossa.
Há sempre uma outra parte que é igualmente culpada, ou responsável. Nada acontece por si próprio.
Há, grande Guerreira!
Gostei deste teu desabafo, amiga Feiticeira.
Beijos e abraços
Sempre com belas palavras.
Gratidão Mayk.
Gostei! E que imagem linda! Parabéns!
Obrigado Gata.
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