Pegue de mim a espada —
Tão fria a lâmina retirada da bainha —
Sem me perceber —
Meu ser — Meu próprio eu —
Veio a arrancar —
Sangue de si — sangue de mim
A espada antes fria — Se aquece com sangue — o meu sangue —
A espada antes minha — Agora apenas minha se serás contada em histórias antigas —
A Lâmina não hesita — Apenas a outra — Que clama por liberdade mas jaz em medo —
Pois do arrancar do meu ser — Ele se retirou sozinho — Cortando sua saída —
Um doppelgänger da alma — Que se torna Só — Em vil a espada — Meu corpo no chão — em vista — Ela, ensanguentada. — Agora Vazia
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Autor:
Carrie (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 3 de maio de 2025 01:43
- Categoria: Triste
- Visualizações: 36
- Usuários favoritos deste poema: MAYK52, Melancolia..., Isis P. Told
Comentários2
Na tristeza que envolve as palavras, construíste um belo poema!
Gostei bastante, amiga Carrietta.
Beijos e abraços.
Intenso e visceral. A metáfora da espada como extensão do próprio ser, ferindo e libertando ao mesmo tempo, cria uma imagem poderosa de conflito interno. A luta contra si mesmo, esse "doppelgänger da alma", soa como uma batalha silenciosa que muitos enfrentam. O final, com a espada ensanguentada e vazia, deixa uma sensação de exaustão e catarse. Um poema denso, que faz a gente refletir sobre identidade, dor e transformação. Bravo!
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