Dorme sobre a cama que vou dormir
Em qualquer ângulo da casa
Diz ao filho cujo intelecto não brilha tanto
Ele quase não olha nos olhos
Quase não fala como a maioria das outras pessoas
O amor fica maior nesse caso
Está nos gestos que abraça
Na voz que acalma e tranquiliza
Essa é a relação entre os dois
Todos os dias pela manhã
Pega o jovem pela mão
Que mais parece uma criança
(É muito especial para ela)
E o leva para a escola especial
Onde o deixa seguro
E volta para trabalhar ali perto mesmo
Com mochilas penduradas no ombro
Vendendo de porta em porta
Depois de algum tempo que garante aos dois
Algum dinheiro com as vendas, volta
Dá a mão ao filho novamente
E retornam para casa
O amor fica maior assim.
-
Autor:
Ivam De melo Regis (
Offline) - Publicado: 2 de maio de 2025 05:06
- Comentário do autor sobre o poema: Esse texto nasceu de uma conversa com uma pessoa cujo filho tem deficiência intelectual. Ela me contou das dificuldades que teve para encontrar uma escola especial, em Belford Roxo, para que o filho estudasse. Ela é moradora desse município, castigado, feio, maltratado. Entretanto, não descansou até encontrar a escola adequada para deixar o filho, antes de ir trabalhar como camelô pelos ruas da Pavuna, município do Rio de Janeiro. Foi o que ela me contou. E o poema nasceu dessa história.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 19
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Offline)
Comentários2
Que homenagem de amor. Bonito!
É verdade, escrevi esse poema, a partir de uma conversa que tive com uma mãe cujo filho tem deficiência intelectual.
Ela me contou o seu dia a dia, as dificuldades em ter um filho assim e, em ser mãe sozinha.
Enfim, o texto nasceu dessa história.
Nossa....me tocou bastante...
Bom dia, toda vez que escrevo, escrevo sobre a importância da vida que a maioria das pessoas não têm a capacidade e a sensibilidade de perceber. Por isso que o poema fez você se sentir dessa maneira.
Adentrou no coração mesmo...Sensível demais.....Forte e verdadeiro....
Abraços.;
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.