Ninguém se Entende

Ivam Melo

As ruas sem calçamento da Baixada Fluminense,
Dos lugares pobres de todos os  lugares 
Para o político, com o pensamento fixo no passado,
Não tem importância nenhuma 
As ruas sempre foram mal escritas
Estão sempre tortas e com borrões 
Estão sempre desalinhadas
Ninguém se entende para arrumar a rua
Nem à esquerda nem à direita 
O centro vive torto, 
Sempre foi enviesado 
E sem direção.

 

  • Autor: Ivam Melo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de maio de 2025 10:14
  • Comentário do autor sobre o poema: Os versos \\\"a rua sem calçamento/ estão sempre tortas/e com borrões/estão sempre desalinhadas\\\", podem ser entendidos como o posto de saúde que não tem especialidades para todas as pessoas; o esgoto que não é tratado; e em sentido literal, a rua que não tem asfalto mesmo. Continuando, a população debochada(a gente debochando da gente), e de sorriso fácil dos lugares onde não existem tais serviços, não sabe que há alguns que a enganam e debocham dela, nas descidas íngremes dessa vida. Sempre foi assim, das ruas sem calçamento das favelas dos bairros periféricos, a população desce escorregando com sacolas plásticas nos pés, vai ao posto de saúde que não tem médico, vai à escola pública que não tem vaga por falta de escola, mas não se dá conta disso e nem se pergunta por quê. O que é pior, não participa para promover mudanças.
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 6


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