No coração da Terra um grito ecoa,
Silente, mas profundo como a dor,
É a alma do mundo que se entoa,
Clamando por justiça e por amor.
A humanidade corre, cega, apressa,
Na ânsia pelo ouro, pelo ganho,
Mas o que lucra, perde o que interessa:
O pulso da vida, o fio do tamanho.
A luz se apaga — não só nas cidades,
Mas dentro de nós, na consciência,
E em meio a sombras e calamidades,
Pagamos o preço da imprudência.
As redes caem, os sistemas falham,
Mas é o coração que mais se rompe,
Quando os valores verdadeiros falham,
E o lucro fácil é quem nos comande.
Oh homens! Vede o que plantais no chão!
Tecnologias, sim, mas sem raiz;
De que vale o mundo em conexão,
Se o próximo chora e ninguém diz?
Que volte a chama da sabedoria,
Do bem comum, do tempo sereno.
Só a verdade há de ser a guia
Num mundo novo, limpo e pleno.
-
Autor:
mcegonha (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 29 de abril de 2025 19:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.