Sou imprevisível assim como as águas das cachoeiras. Muitas vezes sou a calmaria em pessoa.
Outras vezes sou a turbulência que causa desajustes.
Fui criada nas águas, mas aprendi a arte de guerrear!
Sou o rio que molha,
Sou o mel que adoça,
Sou vendaval quando preciso...
Carrego a dádiva de ter em minhas mãos o Abebê e a Adaga de minha Mãe.
Sou Guerreira,
Sou Lutadora,
Sou da Água e do Fogo,
Sou de Ópàrà!
Ore Ye Ye o
Ki Lo Se Ópàrà
Não me enfrente, sou um filho de Oxum.
Não pense que sairei derrotada.
Talvez eu chore. Preciso escorrer o que me aflige.
Água de rio não para....
É Oxum limpando meu caminho.
Eu não sou só vaidade, sou também a força de uma Yalodê.
E tenha certeza que Oxum arrasta, inunda, e não acolhe quem atinge os seus.
E eu, sou e sempre serei a água que não para, o amor e morada de Oxum.
Ore Yeye
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Autor:
Feiticeira (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 28 de abril de 2025 00:17
- Categoria: Religioso
- Visualizações: 9
Comentários1
Poema poderoso. Onde a tua essência do eu poético, se abre de par em par, em toda a sua dimensão.
Gostei bastante, amiga Feiticeira.
Abraço.
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