Sobreira Rangel

Quando eu chegar

Eu subi montanhas cruzei rios

Mas mesmo assim me sinto tão vazio

Do céu ao inferno fui como poucos

Às vezes sábio, outras tantas louco

Rearranjei as cartas no jogo

Minhas certezas derreteram no fogo   

Por isso quando eu chegar

Na sétima lua cheia

Ressurgido das cinzas

Após a tormenta de areia

Prepare-me logo um lugar  

Sinto na face os cortes e arranhões 

Causado talvez pelas boas intenções

No alforje carrego sete pecados

Alguns leves outros tão pesados

Meus desejos receios e devaneios

São como punhais cravados em silencio  

Por isso quando eu chegar

Na sétima lua cheia

Ressurgido das cinzas

Após a tormenta de areia

Prepare-me logo um lugar  

Tive tão perto mais longe de mim

Algumas eu quis outras não estava afim

Conquistei triunfos mas também fui a nocaute

Na mente claro escuro um blecaute

De joelhos rezei sem saber rezar

Amei, sorri, chorei até a lagrima secar    

Por isso quando eu chegar

Na sétima lua cheia

Ressurgido das cinzas

Após a tormenta de areia

Prepare-me logo um lugar

  • Autor: Sobreira Rangel (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de Abril de 2020 10:17
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.