No meio do desespero
Eu sinto o silêncio falar
Sua voz é quase imperceptiva
Mas eu consigo escutar
Em sonhos sombrios da vida
Um doce clamar da alma
Me chama para o novo
Um novo dia de tentativas e falhas
Um dia de começos e recomeços
Que aos poucos reconstroi o que restou do nosso lar
Destruído pelo medo
Das confusões que nos distancia
Com barulhos e gritaria,
Mas a resiliência acalma os corações
Que machucados estão
Pelo pecado do ser errado, do passado
Que não passa nunca
Que se mantém alimentado pela culpa,
Das sobras e dos restos
De um jantar solitário,
De uma mesa cheia e ao mesmo tempo vazia no contexto literário
Do pobre homem que busca na comida
A satisfação de se sentir calmo
Enquanto sua mente se mantém no caos com fome e desesperado
Tentando achar felicidade em tantas outras mesas e pratos.
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