Ela o recebeu no portão com um sorriso quase tímido, mas cheio de intenções. Vestia um linho preto leve, sem sutiã, e a única peça por baixo era uma calcinha branca, pequena, que marcava sutilmente sob o tecido.
Sem palavras, ela segurou sua mão e o puxou para dentro. Subiu os primeiros degraus da escada com passos lentos, enquanto ele, logo atrás, observava hipnotizado o balançar do vestido, leve demais para esconder a curva da bunda, forte o bastante para alimentar cada pensamento quente que queimava em sua mente.
Ao entrar na sala, ela indicou o sofá com um gesto calmo.
— Senta aqui, vou pegar o café — disse com um tom que mais parecia uma promessa.
Pouco depois, voltou com duas xícaras e se sentou perto dele. O café fumegava, mas o calor que tomava conta da sala vinha de outro lugar. Conversaram por um tempo como se o mundo tivesse parado, como se aquela tarde tivesse sido feita só para eles.
Aos poucos, o silêncio foi ganhando espaço entre as palavras, e ele passou a observá-la com mais atenção. Ela percebeu e se aproximou mais, cruzando as pernas com certa timidez. Seu pé balançava inquieto, o queixo tremia levemente, e seu perfume doce dançava entre o aroma do café e o desejo que pairava entre os dois.
— Essa tatuagem... — ela apontou para o pescoço dele — posso tocar?
Ele apenas inclinou a cabeça, entregando-se. Seus dedos pequenos e quentes deslizaram com leveza, provocando arrepios que deixavam sua respiração instável.
— Posso te abraçar? — sussurrou, bem perto do ouvido.
Ele não respondeu com palavras. Apenas se inclinou e a acolheu nos braços. O abraço, tímido, foi se transformando em algo mais. A mão dela subiu pela nuca dele, e então, o cheirou no pescoço, justo onde ele era mais vulnerável.
O suspiro que escapou dele denunciava tudo. E quando ela o beijou ali, foi como acender um pavio.
Os olhos se encontraram. Havia um pedido mudo, e ela entendeu. Deixou a alça do vestido escorregar pelo ombro e, com a voz quase trêmula, pediu:
— Posso sentar no seu colo?
Ele a puxou com força contida, como quem segura um desejo selvagem. As mãos firmes seguravam sua cintura, e ela se encaixou, sentindo o volume por baixo da calça, duro, pulsando, faminto.
As bocas se encontraram. A língua dela explorava a dele como se dançasse com o próprio desejo. As mãos dele subiram, encontrando os seios nus sob o vestido solto. Rígidos, sensíveis... ela arfava com cada toque, cada aperto na medida.
Ele a deitou no sofá, deslizando o vestido até ver a lingerie branca — quase uma transparência sagrada. Quando ela tentou tirá-la, ele impediu.
— Ainda não... — murmurou, puxando a lateral com os dedos para ter acesso à joia entre suas pernas.
Começou a beijá-la ali, com devoção e fome. A língua explorava, desenhava nela cada desejo, cada gemido sussurrado entre os dentes.
— Não para... — ela disse, arqueando o corpo, os olhos revirando enquanto ele a levava ao limite.
Até que, num suspiro contido, veio o grito abafado. As pernas se fecharam, o corpo tremeu, e ela gozou. Pulsando, mel escorrendo, alma entregue.
Ela ainda arfava, os olhos meio fechados, o corpo sensível ao toque. Ele subiu lentamente, deixando beijos pela barriga, pelos seios, até encarar seus olhos com um sorriso de lobo satisfeito.
— Você é deliciosa... — sussurrou, passando o polegar lentamente pelos lábios dela.
Ela segurou sua nuca com as duas mãos e o puxou para mais um beijo, agora com mais urgência. Tinha gosto de entrega, de liberdade, de tesão acumulado.
Ele se levantou, tirou a camisa devagar, revelando cada linha do corpo marcado por treino e desejo. Ela mordeu os lábios, faminta.
A calça caiu, e com ela, a última barreira. Quando ele se aproximou de novo, ela puxou a cueca com uma ansiedade quase inocente. O que viu a fez sorrir com desejo puro.
— Já tava me esperando assim? — perguntou ela, com um brilho nos olhos.
— Desde o primeiro beijo no portão.
Ele a puxou para a beira do sofá, tirou a calcinha com os dentes, lentamente, e então, em um movimento firme, a colocou de quatro.
A vista era perfeita.
Ele passou a mão devagar pela lombar, desceu até a bunda, apertou com força e deu um tapa que ecoou pela sala — ela gemeu baixo, quase pedindo mais.
Sem pressa, ele a penetrou. Forte. Profundo. Ela arqueou as costas, as mãos cravadas no sofá, a boca aberta num gemido que mais parecia prece.
O ritmo começou intenso, mas com variações... ele sabia exatamente quando ir mais fundo, quando segurar, quando provocar.
— Fala que é meu — ele pediu, a voz rouca, os olhos fixos nas costas dela.
— É seu... porra, é todo seu... — ela respondeu entre gemidos, jogando o cabelo para trás, perdida em prazer.
Ele a puxou pelos cabelos, fazendo com que olhasse para trás. Beijou sua boca com força, e a virou de frente. Ela abriu as pernas sem pensar, puxando-o para dentro de novo com urgência.
Agora o olhar era olho no olho. Cada estocada fazia o sofá ranger, e ela se agarrava a ele como se o mundo fosse acabar naquela sala.
— Tô perto... — ela sussurrou, quase chorando de prazer.
Ele segurou seu quadril, cravou os olhos nos dela, e intensificou o ritmo.
— Goza pra mim de novo... agora olhando pra mim.
E ela gozou. Forte. Gritando seu nome, o corpo inteiro tremendo. Ele segurou até o último segundo, e quando ela relaxou sobre o peito dele, ainda com as pernas trêmulas, ele se virou, colocando-a de lado.
— Agora é minha vez — disse com um sorriso de quem sabe o que quer.
Ela apenas assentiu, mordendo os lábios.
Ele entrou de novo, agora mais lento, profundo, saboreando cada segundo. Até que a respiração dele acelerou, o corpo enrijeceu, e ele se deixou ir — dentro dela, como se aquele momento selasse algo além do físico.
Silêncio. Só os corações batendo forte, os corpos colados, os dedos entrelaçados.
— Me chama de seu — ela pediu, baixinho, quase dormindo nos braços dele.
Ele sorriu e beijou sua testa.
— Sempre foi.Ela se aninhou no peito dele, o rosto encostado na pele quente, o coração ainda batendo rápido. Ele acariciava seus cabelos devagar, como se cada fio contasse os minutos que ainda tinham juntos.
O silêncio entre eles era confortável, mas denso. Carregava tudo aquilo que nenhum dos dois sabia como traduzir.
Ela passou a ponta dos dedos no peito dele, distraída, e perguntou com a voz baixa:
— Acha que a gente vai se ver de novo...?
Ele demorou a responder. Olhou pro teto, como se as respostas estivessem escondidas ali. Depois, olhou pra ela e sorriu com tristeza nos olhos.
— Eu não sei... queria dizer que sim. Mas minha vida não é simples.
— Nem a minha — ela respondeu, mordendo o lábio. — Mas o que a gente viveu aqui... não foi simples também.
Ele assentiu.
— Tem algo aí, né? — disse, como se estivesse tentando entender também. — Não sei se é amor, se é essa loucura do momento... só sei que não é qualquer coisa.
Ela sorriu, um sorriso meio triste, meio apaixonado.
— É... alguma coisa forte demais pra ser só tesão. Mas complicada demais pra ser amor.
— Talvez seja os dois. Ou talvez seja algo novo... que a gente ainda nem sabe nomear.
Ficaram em silêncio de novo. O afago continuava — ele no cabelo dela, ela no peito dele.
O tempo parecia mais lento ali. Cada olhar trocado era um mergulho, cada toque, uma despedida silenciosa.
Quando ela se levantou pra se vestir, ele a observou como se quisesse gravar cada detalhe. Ela se virou antes de sair e disse:
— Se for a última vez... valeu por me fazer sentir viva de novo.
Ele caminhou até ela, segurou seu rosto com as duas mãos e deu um beijo calmo, cheio de tudo que não foi dito.
— E se não for a última... vai ser ainda melhor.
Ela saiu. Ele ficou.
Ambos com o corpo saciado.
Mas com o peito cheio de dúvidas.
Só sabiam de uma coisa:
O que quer que estivesse nascendo ali... era forte.
Talvez errado.
Mas impossível de ignorar.
E no próximo encontro de olhos... talvez tudo começasse de novo.
Por Freddie Seixas
-
Autor:
Freddie Seixas (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 20 de abril de 2025 12:45
- Comentário do autor sobre o poema: Conto de um sonho ou de uma realidade...
- Categoria: Erótico
- Visualizações: 11
- Usuários favoritos deste poema: Feiticeira, ::.. Flávio..::
Comentários4
Que delícia kkklkk
HUMMMM......
Belíssimo conto! Gostei bastante.
Abraço.
Parabéns Freddie, muito estimulador e real seu conto. S2
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.