FRAQUEZA (soneto)

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Se de novo à minha porta bater a ilusão

sorrateira, repetitiva, para o meu amor

hei de dizer-lhe toda a minha decepção

e o meu furor, como um gládio vingador

 

Já não instiga o fascínio da imaginação

cândida, pois outrora, sagaz foi a dor

dilacerante, fatiando a minha emoção

agora letarga, tal uma desfalecida flor

 

Mas, ai! há sussurro leve pela janela

d’alma, suspirando que nunca é tarde

pávido, enfrento-a, isto tudo é balela!

 

Oscilo... Vacilo... E sôfrego... perdido,

afrouxo ao coração como um covarde.

Pois amor pro amar nunca é esquecido.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

19 abril, 2025, 17’34” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol - poeta do cerrado



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