um brilho eterno
de uma mente sem lembranças
eu me sinto
em um brilho eterno
de uma mente sem lembranças.
suas mechas,
suas falas —
complexas, confusas.
quinhentos dias,
quinhentas memórias,
forjadas na ferida,
marcadas pela saudade culposa.
eu não tinha sonhos
enquanto te amava —
eu apenas vivia.
repetia frases
como quem reza:
“eu te amo.
e não vou embora.”
eu não me lembro
de como era antes.
eu não quero mais
uma Summer.
não quero ser
uma ramificação.
não vou voltar atrás.
eu não me sinto uma mentira —
não sou Lopt,
nem serei.
eu valorizo corações.
expressos de lágrimas,
comida escassa,
mas eu tenho
as vitaminas POE.
e as dores?
acredito que estejam sarando.
não vou carregar isso como se fosse tudo,
mesmo que, por um tempo, tenha sido.
hoje,
eu sou um túmulo.
e as nossas memórias
estou enterrando.
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Autor:
Guilherme (
Offline)
- Publicado: 17 de abril de 2025 16:14
- Comentário do autor sobre o poema: UMAMENTE.15.04.25
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
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