Eu danço, invisível, na órbita onde já fui estrela,
mas hoje sou só um satélite esquecido
Puxada e repelida, presa no teu magnetismo sem ímã,
como a falésia que encosta
uma vez ao ombro do mar
e sonha ser barco pra sempre.
Quando namoravamos,
pulsava nas minhas veias
a convulsão dos oceanos,
e uma canção nascia,
desprendida da espiral dos búzios.
Ainda sinto tua essência, paira sobre mim,
Um perfume preso à minha pele,
Lento veneno nos dias vazios,
Longe de ti.
Agora, tudo o que faço é contar as lembranças,
Como a falésia enumera os barcos perdidos.
Seu coração já me conhece, só falta a cabeça lembrar
Você sempre gostou de jogar codm... e de mim também...
Me abrace enquanto passo a roupa cantando.
O Meu Amor é um bicho teimoso
Uma farfalla que bate as asas sem destino,
um pássaro que canta no tom do desejo
mas silencia no susto da incerteza...
Mas ás vezes te armo ciladas de saudade,
te laço no laço apertado do tempo,
te perco só pra te achar de novo
no meio das entrelinhas do meu peito.
Sou uma guerreira de papel, molhada,
forte nas promessas,
fraca contra o vendaval do teu olhar,
derreto feito vela no calor do riso teu,
incêndio queima-lento, sem chance de apagar.
E nesse limbo sou refém e carcereira,
Vento que sopra e vela que rasga o mar,
naufragando sempre no porto dos braços teus.
-
Autor:
Elfa (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 13 de abril de 2025 22:21
- Categoria: Amor
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., ::.. Flávio..::
Comentários1
Lindo....
Perfect.....
Agradeço o elogio.
Satisfação;
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.