Já não aprecio os jardins.
Não sinto o vento, nem reparo nas cores.
Como dantes… o sol que me tocava o corpo.
Sinto falta de lhe falar de ti — e ele, da lua.
Perguntava-lhe como podia nascer todos os dias,
longe de quem ama.
Agora, não encontro a minha vontade.
Não sei ser sol.
E ele diz que também não sabe —
apenas que assim tem de ser.
Talvez seja essa a consciência que me falta.
Porém deixei de lhe falar.
Não me traz conforto ser preso
e conversar com alguém tão livre, tão maduro.
Quero ser triste e parvo
com quem seja parvo e triste.
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Autor:
Agosto (
Offline)
- Publicado: 12 de abril de 2025 14:49
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 20
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