Dentes grandes, afiados, calda comprida
Entre os mares, entre onde estiver sangue
Eu estive lá no fundo, mas também na superfície
Sim, tipo um tubarão, sozinho estou
Um cardume pra pescar, de olho nos olhos escuros
Misture o vermelho com o azul, no seu coração
Arranque as carne, triture os ossos
Mande tudo isso para os que não valem a pena
Eu já fui fraco, eu já fui tão tolo
Uma criança chorando no canto
Agora, vejo o que nos restou
Não tente entender a cidade, nem esse mar
Adrenalina, uma ocitocina, querendo mais dopamina, coloque endorfina e junte com serotonina
Não busco sua aprovação, não quero sua atenção
Eu poderia chorar, eu poderia engasgar, talvez gritar, mas, vou guardar pra depois
Eu não menti, não inventei, não quero saber
Cabeças como fósforos, elas acendem e depois estouram
Acidez no mar, tão vivo para matar
Quebrando as rachaduras e costurando com cerâmica pontiaguda
Será que serei o mesmo? Será que ficará tudo bem? Não tive escolha, sempre tive que continuar nadando até o fim
Eu vi o seu sorriso de desdém, o que é tão engraçado na tristeza dos outros?
Não sei, não sei, só sei que senti o cheiro do seu sangue, tipo um tubarão...
Comentários1
Gostei!!!! E bela imagem.
Obrigado mais uma vez por ler 🙂
Sou sua fã. rs
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