Entre Silêncios e Palavras

Já escrevi muitos textos. Alguns ainda guardo na memória, outros nem me lembro mais da primeira frase. Mas em todos eles, de alguma forma, eu me encontrei. 

Nos textos, descobri uma maneira de dizer o que, por vezes, a voz não alcança. Quando parece que nada vai se resolver, quando os pensamentos formam uma grande nuvem de linhas embaralhadas dentro de mim, é neles que busco abrigo. 

Hoje escrevi mais um — sobre alguém, sobre algo, talvez sobre tudo. Ainda não sei o nome, o conteúdo ou como ele vai terminar. Mas sei que será verdadeiro, assim como tudo que pulsa aqui dentro. 

Escrever é me ouvir. É encontrar explicações, refúgio e aquela calmaria que parece impossível no meio do caos. Nos textos, eu me descubro, me exponho e, aos poucos, me componho. 

As palavras presas são como nós na garganta. O medo de sentir, de falar, de encarar. Mas na escrita, eu me permito. Sem pressa, sem medo, sem filtro. É onde eu entendo e onde, muitas vezes, me curo. 

Esse livro é feito disso. De pequenos pedaços de mim. De momentos que escrevi para não esquecer, para entender ou apenas para deixar ir