A SÍNDROME DE TÂNTALO

jessebarbosa43

A SÍNDROME DE TÂNTALO

 

 

O gosto do inefável

Não vivenciado

 

Drapeja e se sedimenta

Viscosa e manentemente

Pelas papilas gustativas

 

Da estrela oniricamente sibarita

Como também (na realidade)

ANACORETA:

 

Pois --- ao nadar seguindo o contrafluxo

Do vórtice refratário á canção do horizonte ---

 

O totem da soledade

Testemunha a olência das macieiras

Passar inexoravelmente ao longe,

Além de o converter no mais feraz bioma da orfandade insone.

 

Embora, contudo,

---- Apesar de o mundo

Parecer soturno,

 

A cor de ÉBANO

Sofrer uma procela de insultos

 

Ou o BÓSON DE HIGGS

Flutuar imperceptível

Tal qual uma deidade inútil ---

 

O rio Nilo da vida

Continua a delinear seu curso:

 

Compelindo o astro bruno

A lutar de modo contumaz e diuturno

Para encontrar seu rumo.

 

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

  • Autor: jessebarbosa43 (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de abril de 2025 11:22
  • Comentário do autor sobre o poema: A COMPULSÓRIA MALEABILIDADE DO SER
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 13


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.