Eu não sei como isso veio parar aqui.

Ele escreve poesia,
Ela desenha, é artista.
Ele recitou uma linda,
Ela é muito linda.

Vamos sentir,
Ele disse,
Vamos amar,
Que dia bom para te beijar,
Que dia ótimo para te beijar.

Ela sorri de canto, e eu tô esperto,
Se ela me der graça, eu vou mesmo.
Distante, perto, longe, próximos.

Vamos fazer assim:
Eu faço de conta que nunca amei,
Digo que não sei o que é.
Você tenta descrever,
E eu insisto: "Não posso ver."

Você diz que é como um sabor,
E eu respondo: "Nunca senti."
Você diz que é como um lugar,
E eu falo: "Talvez nunca vá memorizar."

Você diz que é um dia bom,
E eu digo: "Todos os meus dias são iguais."
Você ri e diz: "Isso é impossível!"
E eu repito: "É irreconhecível."

É como se me pedissem um retrato falado,
O que eu diria?
Algo nunca sentido,
Simplesmente passaria batido.

Características, semelhanças,
Seria um rosto desconhecido.

Eu coloquei palavras,
apagadas ou reescritas,
não tenho fontes,
não quero que gravem meus nomes,
não tenho links,
não quero que gravem meus nicks.
Meu lugar é exatamente aqui.
Palavras nunca serão feitas,
palavras significativas.

Eu coloquei vermelho no ambiente,
com mentiras ou verdades.
Eu vejo você como uma rosa,
independente de estar no meu jardim
ou não, menina.
Eu tenho poesia,
me desculpa se digo que vou embora,
e volto com mais cinquenta,
barulhos que te fazem se incomodar.

Eu assisti e fiz esse filme.
Não ganhei o melhor,
mas ainda estou aqui.

Eu coloquei palavras,
eu coloquei amor,
eu coloquei amor.