Mundo Virado
De um lado, gente contando grana,
do outro, gente contando os dias.
Enquanto uns esbanjam sem pensar,
outros mal têm o que pôr na pia.
Criança cresce sem ter escolha,
adulto cansa de tanto tentar.
Trabalha, se mata, dá a vida,
mas o dinheiro nunca vem pra cá.
Dizem que é esforço, dizem que é sorte,
mas nunca passaram o que a gente passa.
Quem nasce com tudo não vê o sufoco,
só aponta o dedo e acha graça.
E assim o mundo segue torto,
quem tem muito, nunca divide.
Até quando ser pobre é "fracasso"
e ser rico é só "merecido"?
- Autores: Gabriela Silva
- Visível: Todos os versos
- Finalizado: 16 de abril de 2025 20:30
- Limite: 4 estrofes
- Convidados: Público (qualquer usuário pode participar)
- Comentário do autor sobre o poema: Esse é um poema criado principalmente para julgar a desigualdade social
- Categoria: Triste
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
Tem gente que acorda com pressa,
sem saber se o pão vai dar.
E tem gente que nem se aperta,
porque o luxo já vem no olhar.
Uns contam centavos no bolso,
outros decidem onde investir.
Enquanto uns pulam a janta,
tem gente cansada de repetir.
“É só correr atrás”, eles dizem,
mas nunca precisaram correr.
Nunca andaram de chinelo gasto,
nem viram a mãe se desfazer.
Tem menino vendendo bala,
tem avô limpando chão.
Tem promessa que nunca chega,
e esperança com pouca ração.
A culpa nunca é do sistema,
é sempre do pobre que "errou".
Mas ninguém mostra o jogo armado,
só julga quem nunca jogou.
E a vida segue essa dança,
de quem grita e ninguém escuta.
Enquanto uns vivem no topo,
a maioria só vive na luta.
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