CONSUMAÇÃO

Carlos Lucena

CONSUMAÇÃO
Há coisas que vão 
E há coisas que ficam
As que vão permanecem presas ao  coração 
E as ficam um dia também irão.

Até o amor um dia também irá 
E há deles que se acabam
Até mesmo antes de ir
Porque nada é garantido ficar
E um dia ele tem que sumir.

Nada nunca nosso será 
Nem mesmo a nossa própria vida
E sem ver ela passar
Antes mesmo de chegar já estamos de partida.

Não há como se prevalecer 
Das coisas que se tem
Tudo a traça come
E um dia ela vem
E até o amor some 
Por que o coração a traça come também!

Tudo que é tangível 
Matéria, bens e poder 
Podem passar de repente 
Porque Dela ninguém pode se esconder
Ela chega e não se sente
E a burra que está cheia não vai prevalecer!

Há que ame a riqueza
E tudo que ela traz
dinheiro, poder e maldade 
Mas esquece que a natureza mesmo com sua beleza
Sabe muito bem o que faz
Não permite leviandade
E um dia de repente tudo isso fica pra trás !

Há quem se ajuste a arrogância 
Há que se digne imponente 
Mas a carne dos seus ossos 
Possui a mesma semente
destina-se aos mesmos destroços 
Do jeito de todo vivente!

Não há como ser de outro jeito
Todo sepulcro por fora é caiado
Não tem como mudar o preceito
Lá dentro está consumado
o único bem que se tem por direito!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 31 de março de 2025 12:09
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 4


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